Sentires

Abraça o tempo meu amor, abraça a lucidez dispersa algures. Vozes do nosso silêncio, vozes da nossa loucura. Aqui estamos como nunca, luar e sonho, luar e conflito. Deus da Terra e do silêncio. Além este silêncio, meu amor do desconexo.

Vozes Perdidas

Os voos que intercedem a loucura do perdão.
A vida e os actos desprendidos de incerteza. Terra cativa de lucidez.

Vozes Perdidas

Ousado foi o veraneio da estrada, Ousado foi o signo do silêncio, ousados signos desta voracidade. Pavor da margem e do cansaço supremo. Sim ,este mar é contínuo como a noite, luar disperso de fé e desterro. Que arritmia de signos, que absurdos fluem e acontecem. 

Vozes Perdidas

Aqui estamos. Talvez contrafeitos, talvez perdidos, quem sabe talvez acontecidos, mas aqui estamos. Fosse a liberdade o nosso sentido de expressão, fosse cada instante único. Aqui ou algures estamos como nunca, terra mãe da nossa insepulta orgia. Livres como nunca, voz incerta da nossa ilusão.

Vozes Perdidas

Algures o sonho viaja. Aqui, outrossim voo nos dispersa. Conflituante heresia. A vida e este sonho, a vida, luar e dispersão. Algures nossa viagem, incerto sonho.

Vozes Perdidas

A lucidez de um tempo, a lucidez deste desaforo de margens. A vida e este múltiplo sentido. Margens dispersas e acontecidas. Que luar, voo irascível ao desconhecido. Aqui ou além estamos, vida e caos, caos e vida, emergente grito. Mas aqui estamos, desaforo e margem, luar disperso de agonia.

Segmentação do Espírito

Onde amarei se o incerto é o meu caminho. O gueto dá – me a cruel dimensão do que somos.

1994

Suspiros do Além

Podeis imaginar o futuro, recriá-lo, antes à visão crua dos enigmas. Soçobra no olhar a deglutida tensão, a dispersão das auroras. Inerte a este dançante espaço, sonho o amanhã em ternuras. Acredito no homem e esta certeza é ambígua.

1996

Suspiros do Além

Vinde a mim térmites da criação. Austero não amo nem o sonho e muito menos a dimensão possível. Que sou neste ardor de vento e febre? Ridícula esta fonte. Sonhar é amar, sonhar é o indefinido, sonhar é o voo desconexo ao infinito!

1996/2021

Vozes Perdidas

Algures sorri o mundo,algures.E neste sorriso abraço – o. E de atalaia se impõe a névoa. Algures a voz nos surpreende autenticidades. Algures o silêncio aperrado de fugas, algures a voz aprisionada. E sorri o mundo, diverso e amplexo de devaneio.